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Quem sou eu
- Angela Meirice
- PEDAGOGA - especialização em PSICOLOGIA ESCOLAR - Coordenação Josefina Castro e PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA, INSTITUCIONAL E HOSPITALAR - Coordenação da Pp - profª Genigleide da Hora - Mestranda em Educação Inclusiva.
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
DITADOS POPULARES E SEUS SIGNIFICADOS – Uma abordagem Psicopedagógica
Bom dia colegas!!
Ando um pouco sumida daqui, mas é por uma boa causa. pois voltei faz pouco tempo a exercer o meu melhor papel enquanto
profissional da área de educação. retornei aos atendimentos
Psicopedagógicos com os alunos do Campo. Alguns poucos de vocês já sabiam e agora divido isso com todos... Estou pra
lá de feliz!!!
Bem, voltando. Entre um relatório e outros, ando buscando novos recursos
para utilizar no ano que vem e encontrei esse material aqui e a cabeça logo
começa a bolar umas artimanhas (risos).
Pensei na hora que esses DITADOS
POPULARES, sem encaixam nas intervenções que estou fazendo com meus pais,
Daí observei que posso utilizar também com meus aprendentes do Campo. Claro com
algumas adequações.
Enfim. Compartilhando, mas agora vou deixar minha imaginação fluir.
Publicado em 16/01/2013 por Rostand Medeiros
Muitas
vezes usamos certas expressões, mas não temos ideia do que elas
significam.
São
ditados ou termos populares que através dos anos permaneceram sempre iguais,
significando exemplos morais, filosóficos e religiosos.
Tanto
os provérbios quanto os ditados populares constituem uma parte importante de
cada cultura.
Historiadores
e escritores sempre tentaram descobrir a origem dessa riqueza cultural, mas
essa tarefa nunca foi nada fácil.
O
grande escritor Luís da Câmara Cascudo já dizia que: “os ditados populares
sempre estiveram presentes ao longo de toda a História da humanidade”. No
Brasil isso não é nenhuma novidade. Muitas vezes ocorrem expressões tão
estranhas e sem sentido, mas que são muito importantes para a nossa cultura
popular.
Veja
aqui algumas dessas expressões ou ditados populares:
Bicho-de-sete-cabeças
Tem
origem na mitologia grega, mais precisamente na lenda da Hidra de Lerna,
monstro de sete cabeças que, ao serem cortadas, renasciam. Matar este animal
foi uma das doze proezas realizadas por Hércules. A expressão ficou
popularmente conhecida, no entanto, por representar a atitude exagerada de
alguém que, diante de uma dificuldade, coloca limites à realização da tarefa,
até mesmo por falta de disposição para enfrentá-la.
Com
o rei na barriga
A
expressão provém do tempo da monarquia em que as rainhas, quando grávidas do
soberano, passavam a ser tratadas com deferência especial, pois iriam aumentar
a prole real e, por vezes, dar herdeiros ao trono, mesmo quando bastardos. Em
nossos dias refere-se a uma pessoa que dá muita importância a si mesma.
Ver (ou
adivinhar) passarinho verde (MAS PODE SER AZUL, AMARELO, VERMELHO, ROXO E POR
AÍ VAI!)
Significa
estar apaixonado. O passarinho em questão é uma espécie de periquito verde.
Conta uma lenda que alguns românticos rapazes do século passado adestravam o
bichinho para que ele levasse no bico uma carta de amor para a namorada. Assim,
o casal de apaixonados tinha grandes chances de burlar a vigilância de um
paizão ranzinza.
Com
a corda toda
Antigamente,
os brinquedos que possuíam movimento eram acionados torcendo um mecanismo em
forma de mola ou um elástico, que ao ser distendido, fazia o brinquedo se
mexer. Ambos os mecanismos eram chamados de “corda”. Logo, quando se dava
“corda” totalmente num brinquedo, ele movia-se de forma mais agitada e
frenética. Daí a origem da expressão.
Favas
contadas
De
acordo com Câmara Cascudo, antigamente, votavam-se com as favas brancas e
pretas, significando sim ou não. Cada votante colocava o voto, ou seja, a fava,
na urna. Depois vinha a apuração pela contagem dos grãos, sendo que quem
tivesse o maior número de favas brancas estaria eleito. Atualmente, significa
coisa certa, negócio seguro.
Fazer
ouvidos de mercador
Orlando
Neves, autor do Dicionário das Origens das Frases Feitas, diz que a palavra
mercador é uma corruptela de marcador, nome que se dava ao carrasco que marcava
os ladrões com ferro em brasa, indiferente aos seus gritos de dor. No caso,
fazer ouvidos de mercador é uma alusão a atitude desse algoz, sempre surdo às
súplicas de suas vítimas.
Tapar
o sol com a peneira
Peneira
é um instrumento circular de madeira com o fundo em trama de metal, seda ou
crina, por onde passa a farinha ou outra substância moída. Qualquer tentativa
de tapar o sol com a peneira é inglória, uma vez que o objecto é permeável à
luz. A expressão teria nascido dessa constatação, significando atualmente um
esforço mal sucedido para ocultar uma asneira ou negar uma evidência.
O
pomo da discórdia
A
lendária Guerra de Troia começou numa festa dos deuses do Olimpo:
Éris, a deusa da Discórdia, que naturalmente não tinha sido convidada, resolveu
acabar com a alegria reinante e lançou por sobre o muro uma linda maçã, toda de
ouro, com a inscrição “à mais bela”.
Como
as três deusas mais poderosas: Hera, Afrodite e Atena disputavam o troféu, Zeus
passou a espinhosa função de julgar para Páris, filho do rei
de Troia O príncipe concedeu o título a Afrodite em troca do amor de
Helena, casada com o rei de Esparta.
A
rainha fugiu com Páris para Tróia, os gregos marcharam contra os troianos e a
famosa maçã passou a ser conhecida como “o pomo da discórdia” – que hoje indica
qualquer coisa que leve as pessoas a brigar entre si.
Afogar
o ganso
No
passado, os chineses costumavam satisfazer as suas necessidades sexuais com
gansos. Pouco antes de ejacularem, os homens afundavam a cabeça da ave na água,
para poderem sentir os espasmos anais da vítima. Daí a origem da expressão, que
se refere a um homem que está precisando fazer sexo.
Ave de
mau agouro
Diz-se
de pessoa portadora de más notícias ou que, com a sua presença, anuncia
desgraças. O conhecimento do futuro é uma das preocupações inerentes ao ser
humano. Quase tudo servia para, de maneiras diversas, se tentar obter esse
conhecimento. As aves eram um dos recursos que se utilizava. Na antiga Roma, a
predição dos bons ou maus acontecimentos (Avis spicium, em Latim) era feita
através da leitura do vôo ou canto das aves. Os pássaros mais usado para isso
eram a águia, a coruja, o corvo e a gralha. Ainda hoje perdura, popularmente, a
conotação funesta com qualquer destas aves.
Santa
do pau oco
Expressão
que se refere à pessoa que se faz de boazinha, mas não é. Nos século XVIII e
XIX os contrabandistas de ouro em pó, moedas e pedras preciosas utilizavam estátuas
de santos ocas por dentro. O santo era “recheado” com preciosidades roubadas e
enviado para Portugal.
Mais
vale um pássaro na mão que dois voando
Significa
que é melhor ter pouco que ambicionar muito e perder tudo. É tradição de
antigos caçadores. Eles achavam melhor apanhar logo a ave que tinham atingido
de raspão, antes que ela fugisse, do que tentar atirar nas que estavam voando e
errar o alvo.
Apressado
come cru
Quando
não existia o forno microondas, era preciso muito tempo para a comida ficar pronta,
ou então comê-la crua. Nessa época, a culinária japonesa ainda não estava na
moda e comida crua era vista com maus olhos. Assim, a expressão passou a ser
usada para significar afobamento, precipitação.
Chorar
as pitangas
Pitangas
são deliciosas frutinhas cultivadas e apreciadas em todo o país, especialmente
nas regiões norte e nordeste do país. A palavra deriva de pyrang, que, em
tupi-guarani, significa vermelho. Sendo assim, a provável relação da fruta com
lágrimas, vem do fato de os olhos ficarem vermelhos, parecendo duas pitangas,
quando se chora muito.
Farinha
do mesmo saco
“Homines
sunt ejusdem farinae” esta frase em latim (homens da mesma farinha) é a origem
dessa expressão, utilizada para generalizar um comportamento reprovável. Como a
farinha boa é posta em sacos diferentes da farinha ruim, faz-se essa comparação
para insinuar que os bons andam com os bons enquanto os maus preferem os maus.
Aquela
que matou o guarda
Tratava-se
de uma mulher que trabalhava para D. João VI e se chamava Canjebrina, que, como
informam os dicionários, significa pinga, cachaça. Ela teria matado um dos
principais guardas da corte do Rei. O fato não foi provado. Mas está no livro
“Inconfidências da Real Família no Brasil”, de Alberto Campos de Moraes.
Sangria
desatada
Diz-se
de qualquer coisa que requer uma solução ou realização imediata. Esta expressão
teve origem nas guerras, onde se verificava a necessidade de cuidados especiais
com os soldados feridos. É que, se por qualquer motivo, se desprendesse a
atadura posta sobre as feridas, o soldado morreria, por perder muito sangue.
Colocar
panos quentes
Significa
favorecer ou acobertar coisa errada feita por outro. Em termos terapêuticos, colocar
panos quentes é uma receita, embora paliativa, prescrita pela medicina popular
desde tempos remotos. Recomenda-se sobretudo nos estados febris, pois a
temperatura muito elevada pode levar a convulsões e a problemas daí
decorrentes. Nesses casos, compressas de panos encharcados com água quente são
um santo remédio. A sudorese resultante faz baixar a febre.
Cor
de burro quando foge
A
frase original era “Corra do burro quando ele foge”. Tem sentido porque, o
burro enraivecido, é muito perigoso. A tradição oral foi modificando a frase e
“corra” acabou virando “cor”.
Pagar
o pato
A
expressão deriva de um antigo jogo praticado em Portugal. Amarrava-se um pato a
um poste e o jogador (em um cavalo) deveria passar rapidamente e arrancá-lo de
uma só vez do poste. Quem perdia era que pagava pelo animal sacrificado. Sendo
assim, passou-se a empregar a expressão para representar situações onde se paga
por algo sem ter qualquer benefício em troca.
De
pequenino é que se torce o pepino
Os
agricultores que cultivam os pepinos precisam de dar a melhor forma a estas
plantas. Retiram uns “olhinhos” para que os pepinos se desenvolvam. Se não for
feita esta pequena poda, os pepinos não crescem da melhor maneira porque criam
uma rama sem valor e adquirem um gosto desagradável. Assim como é necessário
dar a melhor forma aos pepinos, também é preciso moldar o caráter das crianças
o mais cedo possível.
Salvo
pelo gongo
O
ditado tem origem na a Inglaterra. Lá, antigamente, não havia espaço para
enterrar todos os mortos. Então, os caixões eram abertos, os ossos tirados e
encaminhados para o ossário e o túmulo era utilizado para outro infeliz. Só
que, às vezes, ao abrir os caixões, os coveiros percebiam que havia arranhões
nas tampas, do lado de dentro, o que indicava que aquele morto, na verdade,
tinha sido enterrado vivo (catalepsia – muito comum na época).
Assim,
surgiu a idéia de, ao fechar os caixões, amarrar uma tira no pulso do defunto,
tira essa que passava por um buraco no caixão e ficava amarrada num
sino. Após o enterro, alguém ficava de plantão ao lado do túmulo durante
uns dias. Se o indivíduo acordasse, o movimento do braço faria o sino tocar.
Desse modo, ele seria salvo pelo gongo. Atualmente, a expressão significa
escapar de se meter numa encrenca por uma fração de segundos.
Elefante
branco
A expressão vem de um costume do antigo reino de Sião, situado na atual
Tailândia, que consistia no gesto do rei de dar um elefante branco aos
cortesões que caíam em desgraça. Sendo um animal sagrado, não podia ser
posto a trabalhar. Como presente do próprio rei, não podia ser vendido.
Matá-lo, então, nem pensar. Não podendo também ser recusado, restava ao
infeliz agraciado alimentá-lo, acomodá-lo e criá-lo com luxo, sem nada obter de
todos esses cuidados e despesas. Daí o ditado significar algo que se tem ou
que se construiu, mas que não serva para nada.
Comer
com os olhos
Soberanos
da África Ocidental não consentiam testemunhas às suas refeições. Comiam
sozinhos. Na Roma Antiga, uma cerimônia religiosa fúnebre consistia num
banquete oferecido aos deuses em que ninguém tocava na comida. Apenas olhavam,
“comendo com os olhos”. A propósito, o pesquisador Câmara Cascudo diz que
certos olhares absorvem a substância vital dos alimentos. Hoje o ditado
significa apreciar de longe, sem tocar.
Amigo
da onça
Segundo
estudiosos da língua portuguesa, este termo surgiu a partir de uma história
curiosa. Conta-se que um caçador mentiroso, ao ser surpreendido, sem
armas, por uma onça, deu um grito tão forte que o animal fugiu apavorado. Como
quem o ouvia não acreditou, dizendo que , se assim fosse, ele teria sido
devorado, o caçador, indignado, perguntou se, afinal, o interlocutor era seu
amigo ou amigo da onça. Atualmente, o ditado significa amigo falso, hipócrita.
Estar
com a corda no pescoço
O
enforcamento foi, e ainda é em alguns países, um meio de aplicação da pena de
morte. A metáfora nasceu de anistias ou comutações de pena chegadas à última
hora, quando o condenado já estava prestes a ser executado e o carrasco já lhe
tinha posto a corda no pescoço, situação que, de fato, é um sufoco. Hoje,
o ditado significa estar ameaçado, sob pressão ou com problemas financeiros.
Como
sardinha em lata
A
palavra sardinha vem do latim sardina. Designa o peixe abundante na Sardenha,
conhecida região da Itália. É um alimento apreciado e nutritivo, de sabor bem
peculiar. As sardinhas, quando enlatadas em óleo ou em outro molho, vêm
coladas umas às outras. Por analogia, usa-se a expressão popular sardinha em
lata para designar a superlotação de veículos de transporte público.
O
pior cego é o que não quer ver
Em
1647, em Nimes, na França, na universidade local, o doutor Vicent de Paul D’Argenrt
fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel.
Foi um
sucesso da medicina da época, menos para Angel, que assim que passou a enxergar
ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o mundo que ele imagina era
muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos.
O caso
foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou
para a história como o cego que não quis ver. Atualmente, o ditado se
refere a a alguém que se nega a admitir um fato verdadeiro.
Andar
à toa
Toa é
a corda com que uma embarcação remboca a outra. Um navio que está “à toa” é o
que não tem leme nem rumo, indo para onde o navio que o reboca determinar. Uma
mulher à toa, por exemplo, é aquela que é comandada pelos outros. Jorge
Ferreira de Vasconcelos já escrevia, em 1619: Cuidou de levar à toa sua
dama. Hoje, o ditado significa andar sem destino, despreocupado, passando
o tempo.
Casa
de mãe Joana
Este
dito popular tem origem na Itália. Joana, rainha de Nápoles e condessa de
Provença (1326-1382), liberou os bordéis em Avignon, onde estava refugiada, e
mandou escrever nos estatutos: “Que tenha uma porta por onde todos entrarão”.
O
lugar ficou conhecido como Paço de Mãe Joana, em Portugal. Ao vir para o Brasil
a expressão virou “Casa da Mãe Joana”. A outra expressão envolvendo Mãe Joana,
um tanto chula, tem a mesma origem, naturalmente.
Onde
judas perdeu as botas
Como
todos sabem, depois de trair Jesus e receber 30 dinheiros, Judas caiu em
depressão e culpa, vindo a se suicidar enforcando-se numa árvore.
Acontece
que ele se matou sem as botas. E os 30 dinheiros não foram encontrados com ele.
Logo os soldados partiram em busca as botas de Judas, onde, provavelmente,
estaria o dinheiro.
A
história é omissa daí pra frente. Nunca saberemos se acharam ou não as botas e
o dinheiro. Mas a expressão atravessou vinte séculos. Atualmente, o ditado
significa lugar distante, inacessível.
Quem
não tem cão caça com gato
Se
você não pode fazer algo de uma maneira, se vira e faz de outra. Na
verdade, a expressão, com o passar dos anos, se adulterou. Inicialmente se
dizia “quem não tem cão caça como gato”, ou seja, se esgueirando, astutamente,
traiçoeiramente, como fazem os gatos.
De
pá virada
Um
sujeito da pá virada pode tanto ser um aventureiro corajoso como um vadio.
A
origem da palavra é em relação ao instrumento, a pá. Quando ela está virada
para baixo, é inútil não serve para nada. Hoje em dia, “pá virada” tem outro
sentido. Refere-se a uma pessoa de maus instintos e criadora de casos ou a um
aventureiro.
Deixar
de Nhenhenhém
Conversa
interminável em tom de lamúria, irritante, monótona. Resmungo, rezinga.
Nheë,
em tupi, quer dizer falar. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, eles não
entendiam aquela falação estranha e diziam que os portugueses ficavam a dizer
“nhen-nhen-nhen”.
Estar
de paquete
Situação
das mulheres quando estão menstruadas. Paquete, já nos ensina o Aurélio, é
um das denominações de navio. A partir de 1810, chegava um paquete mensalmente,
no mesmo dia, no Rio de Janeiro. E a bandeira vermelha da Inglaterra tremulava.
Daí logo se vulgarizou a expressão sobre o ciclo menstrual das mulheres. Foi
até escrita uma “Convenção Sobre o Estabelecimento dos Paquetes”, referindo-se,
é claro, aos navios mensais.
Pensando
na morte da bezerra
Estar
distante, pensativo, alheio a tudo.
Esta é
bíblica. Como vocês sabem, o bezerro era adorado pelos hebreus e sacrificados
para Deus num altar. Quando Absalão, por não ter mais bezerros, resolveu
sacrificar uma bezerra, seu filho menor, que tinha grande carinho pelo animal,
se opôs. Em vão. A bezerra foi oferecida aos céus e o garoto passou o resto da
vida sentado do lado do altar “pensando na morte da bezerra”. Consta que meses
depois veio a falecer.
Não
entender patavina
Não
saber nada sobre determinado assunto. Nada mesmo.
Tito
Lívio, natural de Patavium (hoje Pádova, na Itália), usava um latim horroroso,
originário de sua região. Nem todos entendiam. Daí surgiu o Patavinismo, que
originariamente significava não entender Tito Lívio, não entender patavina.
Jurar
de pés junto
A
expressão surgiu das torturas executadas pela Santa Inquisição, nas quais o
acusado de heresias tinha as mãos e os pés amarrados (juntos) e era torturado
para confessar seus crimes.
Emanuele Filiberto di Savoia
Testa
de ferro
O
Duque Emanuele Filiberto di Savoia, conhecido como Testa di Ferro, foi rei de
Chipre e Jerusalém. Mas tinha somente o título e nenhum poder verdadeiro. Daí a
expressão ser atribuída a alguém que aparece como responsável por um por um
negócio ou empresa sem que o seja efetivamente.
Erro
crasso
Na
Roma antiga havia o Triunvirato: o poder dos generais era dividido por três
pessoas. No primeiro destes Triunviratos, tínhamos: Caio Júlio, Pompeu e
Crasso. Este último foi incumbido de atacar um pequeno povo chamado
Partos. Confiante na vitória, resolveu abandonar todas as formações e
técnicas romanas e simplesmente atacar. Ainda por cima, escolheu um caminho
estreito e de pouca visibilidade. Os Partos, mesmo em menor número, conseguiram
vencer os romanos, sendo o general que liderava as tropas um dos primeiros a
cair. Desde então, sempre que alguém tem tudo para acertar, mas comete um
erro estúpido, dizemos tratar-se de um “erro crasso“.
Lágrimas
de crocodilo
O crocodilo, quando ingere um
alimento, faz forte pressão contra o céu da boca, comprimindo as glândulas
lacrimais. Assim, ele chora enquanto devora a vítima. Daí a expressão
significar choro fingido.
Fila
indiana
Tem
origem na forma de caminhar dos índios americanos, que, desse modo, encobriam
as pegadas dos que iam na frente.
Passar
a mão pela cabeça
Significa
perdoar, e vem do costume judaico de abençoar cristãos-novos, passando a mão
pela cabeça e descendo pela face, enquanto se pronuncia a bênção.
Gatos
pingados
Esta
expressão remonta a uma tortura procedente do Japão que consistia em pingar
óleo fervente em cima de pessoas ou animais, especialmente gatos.
Existem
várias narrativas ambientais na Ásia que mostram pessoas com os pés mergulhados
num caldeirão de óleo quente. Como o suplício tinha uma assistência
reduzida, tal era a crueldade, a expressão “gatos pingados” passou a significar
pequena assistência sem entusiasmo ou curiosidade para qualquer evento.
Queimar
as pestanas
Antes
do aparecimento da eletricidade, recorria-se a uma lamparina ou uma vela para
iluminação. A luz era fraca e, por isso, era necessário colocá-las muito perto
do texto quando se pretendia ler o que podia dar num momento de descuido
queimar as pestanas. Por essa razão, aplica-se àqueles que estudam muito.
Sem
papas na língua
Significa
ser franco, dizer o que sabe, sem rodeios. A expressão vem da frase
castelhana “no tener pepitas em la lengua”. Pepitas, diminutivo de papas, são
partículas que surgem na língua de algumas galinhas, é uma espécie de tumor que
lhes obstrui o cacarejo. Quando não há pepitas (papas), a língua fica livre.
A
toque de caixa
A
caixa é o corpo oco do tambor que foi levado para a a Europa pelos árabes. Como
os exercícios militares eram acompanhados pelo som de tambores, dizia-se que os
soldados marchavam a toque de caixa. Atualmente, refere-se a uma tarefa
que se tem de fazer rapidamente, eventualmente a mando de alguém ou mesmo à
força.
Maria
vai com as outras
Dona
Maria I, mãe de D. João VI (avó de D. Pedro I e bisavó de D. Pedro II),
enlouqueceu de um dia para o outro . Declarada incapaz de governar, foi
afastada do trono. Passou a viver recolhida e só era vista quando saía
para caminhar a pé, escoltada por numerosas damas de companhia. Quando o povo
via a rainha levada pelas damas nesse cortejo, costumava comentar: “Lá vai D.
Maria com as outras”. Atualmente aplica-se a expressão a uma pessoa que
não tem opinião e se deixa convencer com a maior facilidade.
Fonte:
CASCUDO, Luís da Câmara. Locuções Tradicionais no Brasil. São Paulo, Editora
Global/2008.
Fonte internet –http://saibahistoria.blogspot.com.br/2010/07/blog-post.html
terça-feira, 12 de novembro de 2013
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
PISO DOS PROFESSORES (AS): DEPUTADO (A), ESTAMOS DE OLHO NO SEU VOTO!
Em breve, a Câmara dos Deputados terá que tomar uma decisão importante a respeito do piso dos professores. Os governadores propõem uma atualização que não condiz com o principio da lei - de valorização do magistério - sendo praticamente igual à proposta de reajuste pelo INPC, a qual a CNTE já se manifestou contrária. Não haverá educação de qualidade no Brasil, enquanto não houver a valorização dos seus trabalhadores em educação.
A campanha ‘Piso dos Professores(as): deputado(a), estamos de olho no seu voto! Vote contra o INPC. Vote contra a proposta dos governadores!’ foi criada para pedir apoio dos deputados federais - para que não votem contra os interesses da categoria. Como parte da ação, a CNTE aprovou, por unanimidade, a ocupação da Câmara dos Deputados no dia 4 de dezembro. A previsão é reunir 2 mil pessoas. Roberto Leão, presidente da CNTE, destaca que a proposta dos governadores é “uma maquiagem que apresenta ganho real mínimo e é totalmente contrária ao espírito da lei do piso, que é de valorização dos trabalhadores de educação, no caso, os professores. Sem dúvida, é fundamental o empenho das entidades no contato com os deputados. Os trabalhadores de educação do Brasil não vão aceitar que a proposta passe e vão cobrar explicações de votos contra os interesses da categoria”. Fonte: CNTE/ Simpi Sindicato Do Magistério Itabunense
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