Volto para compartilhar essa história incrível cheia de coincidências com vocês!
Princípios Pedagógico de Santa
Ângela Merici
(Baseado em seus escritos)
(Baseado em seus escritos)
Introdução
Educadora, Santa Ângela o foi, e,
de tal maneira que toda a sua atuação se revestiu de um caráter pedagógico,
quer entre adultos, como entre jovens e crianças. Graças à sua psicologia
empírica, à sua intuição feminina, à sua experiência de mãe espiritual, graças
sobre tudo à sua íntima união com Deus, Ângela chegou a dar às Superiores
educadoras, conselhos pedagógicos esclarecidos, válidos em todas as épocas, sob
todas as latitudes, para todos os educadores cristãos.
Não Há Educação Sem Amor – Nesse
lema, Ângela baseou seu plano de formação. Desse princípio básico, outros
importantes decorrem:
1. Estima e Respeitos por Todos
Os educadores devem estimar seus
educandos, respeita-los, em sua dignidade humana e cristã. E o educador deve
sentir-se gratificado por ser chamado a esta tarefa.
Diz Santa Ângela a suas filhas: “É mister refletir na estima que por elas deveis ter, pois, quanto mais estimardes, tanto mais as amareis; quanto mais as amardes, tanto mais cuidado delas tereis”. (Rec. Prólogo).
Diz Santa Ângela a suas filhas: “É mister refletir na estima que por elas deveis ter, pois, quanto mais estimardes, tanto mais as amareis; quanto mais as amardes, tanto mais cuidado delas tereis”. (Rec. Prólogo).
“Não vos julgueis dignas de ser superiores...Ao
contrário, considerai-vos como auxiliares e servas de vossas filhas, pensando
que tendes mais necessidades de servi-las do que elas de serem servidas por
vós... e que Deus a isto poderia prover com outros instrumentos melhores que
vós.” (1ª Rec.)
2. Conhecimento Pessoal
Atenção à pessoa. Que o Educador
ame a todos os educandos, e cada um pessoalmente, com verdadeiro amor, que os
trate segundo o temperamento e as necessidades de cada um: são pessoas, não números
numa lista de chamada: “Tende cuidado de todas as vossas filhas, conservando-as
presentes em vosso espírito e gravadas em vosso coração, cada uma de per si e
não somente os nomes, mas também condição, o temperamento, a situação e tudo o
que lhes diz que as mães, segundo natureza, embora tivessem mil filhos, os
conservariam todos, individualmente, no coração. Assim age o verdadeiro amor.”
(2º Legado)
3. Bondade e Firmeza
Convidar e não forçar – Os
educadores devem tratar os educados com bondade e firmeza, não com
autoritarismo: “Sede amáveis e humanas para com vossas filhas... Obtereis muito
mais com carinho e “piacevolezza” do que com severidade e ásperas repreensões.”
(eª Rec.)
“Esforçai-vos por conduzir vossas
filhas com amor e mão suave e meiga; não imperiosamente e com aspereza, mais em
tudo procurai ser amáveis. Escutai a Jesus Cristo que disse: “Aprendi de mim
que sou manso e humilde de coração. ” Deveis, pois, esforçar-vos para agir
assim e usar de toda a afabilidade possível. Acima de tudo, evitai querer obter
pela força o que for, porque a cada um Deus deu o livre arbítrio e não quer
forçar ninguém, mas somente propõe, convida e aconselha.” (3º Legado).
Bondade, porém, não é sinônimo de
fraqueza. O educador deve saber ser firme. Quando for necessário repreender e
corrigir, que o faça, para o bem do culpado e dos outros, mas sempre com
discrição, discernimento e caridade: “Quando a vós. Cumpri vosso dever,
corrigindo-as com amor e caridade, se virdes cair em alguma falta, por
fragilidade humana, e assim, não cessareis de poder a vinha a vós, confiada. Em
seguida, deixai Deus agir. Ele fará coisas admiráveis em tempo oportuno e
quando aprouver.” (8ª Rec.).
4. Força do Exemplo
Educa-se mais pelo exemplo do que
a palavra. É mister, pois, que o educador seja um modelo para os educandos e
que seja o primeiro a fazer o que dos outros exige.
“Quanto a vós, tende tal vida e
tal conduta que sirvam de espelho para vossas filhas, e o que quereis que elas
pratiquem, praticai-o primeiro vós mesmas. Como poderíeis adverti-las ou
repreende-las por, algum defeito que também tivésseis, ou seja, então
exortá-las e levá-las a praticar uma virtude que primeiro não possuísseis, ou
pelo menos, não começasse a praticar com elas? Fazei, pois, que o vosso exemplo
as leve e encoraje a viver virtuosamente.” (6ª Rec.).
5. Exigência Equilibrada
O educador deve ser exigente,
razoavelmente, pois ama e estima os educandos, chamados todos à santidade. Sabe
que seu papel é desenvolver as potencialidades do educando, formar personalidades
de valor: “Deveis estar desejosas e prontas a empenhar toda vossa aplicação e
solicitude para que vossas filhas sejam adornadas de todas as vossa aplicação e
só nobre e autêntico comportamento, a fim de que possam agradar mais a Jesus
Cristo...” imitando “as mães segundo a natureza que têm cuidado e trabalho para
enfeitar, adornar, embeleza as filhas a fim de agradem aos futuros esposos.”
(4º Leg.).
6. Coragem e Perseverança
O educador deve ser corajoso,
generoso, ardente, não se deixando nunca vencer pelas dificuldades e pela
monotonia da tarefa: “Agi, mexei-vos, crede, esforçai-vos, esperai, clamai a
Deus do fundo do coração, porque, sem dúvida alguma, vereis maravilhas.” (Rec.
Introd.).
“Deveis consagrar toda vossa
atividade e todas as vossas forças ao cumprimento de vosso ser... Será preciso
que, tomeis a resolução radical e definitiva de vos submeter totalmente a sua
vontade e receber dele próprio com viça e inquebrantável fé o que tiverdes de
realizar por ser amor. E nisto vos será necessário, aconteça o que acontecer
perseverar constantes até o fim.” (id. ib.).
7. Visão Prospectiva
Ângela era corajosa e confiante.
Era mesmo ousadamente inovadora. Em educação, não basta exigir. É preciso
também prever, proteger, acreditar na pessoa. Educação sem liberdade é educação
falha, há, no entanto, riscos a que juventude pode ser exposta, com graves
inconvenientes. Num mundo conturbado como o nosso, o educador deve estar atento
para a verdadeira hierarquia de valores, para o desenvolvimento da consciência
crítica do educando: “Tereis de defender e proteger vossas ovelhas contra lobos
e os ladrões, isto é, contra duas espécies, de pessoas pestilenciais: dos
enganos das pessoas mundanas e dos falsos religiosos e dos herejes”.
“... Se ouvirdes dizer que algum
pregador ou outra pessoa tem reputação de hereje ou prega inovações que se
afastam dos costumes da Igreja e são contarias ao que de nos recebestes, então,
com muito tato, impedi que vossas filhas escutem tais pessoas, a fim de que
sejam preservadas dessas opiniões pestilenciais heréticas. Com efeito, muitas
vezes, acontece que no espírito germinam más sementes, depois difíceis de
estirpar.” (7ª Rec.).
8. Otimismo Profundo
O educador deve ser otimista,
alegre, animado de uma confiança inabalável em Deus: deve confiar, também, com
amor e lucidez, nos educandos. “Verá maravilhas...” mais talvez somente muitos
anos mais tarde. A alegria é condição para se ser educador. Otimismo profundo é
característica da pedagogia das Ursulinas, no que pode vir-a-ser: “Ponde em
Deus vossa esperança; tende nele fé firme, que em todas as coisas Ele vos
ajudará.” (Rec. Prólogo).
“Deveis saber e ter por certo que
Deus nunca deixará de prover às suas necessidades... contanto que de vossa
parte não falteis ao vosso dever.” (4ª Rec.).
“Perseverai fiel e alegremente na
obra empreendida. E evitai, repito desanimar, pois se realizará com
superabundância cada promessa que vos faço.” (11º Leg.).
9. União Necessária
Os educadores devem viver unidos
entre si, saber trabalhar em equipe. Para um bom trabalho eficaz, Pais,
Educadores Escola, deverão estar irmanados pelo mesmo objetivo:
“Eis a última palavra que vos
dirijo, suplicando-vos com todo o ardor de meu sangue: vivei na concórdia e na
união, com um só coração e uma só vontade. Sede unidas umas às outras pelos
laços da caridade, estimando-vos, ajudando-vos e suportando-vos em Jesus
Cristo... Vede a importância de tal união e concórdia. Por isso, desejai-as,
procurai-as, abraçai-as, retende-as com todas as vossas forças, porque, vos afirmo
se viverdes todas unidas de coração, sereis como uma fortaleza construída na
rocha ou uma torre inexpugnável contra todos os ataques, perseguições e enganos
do demônio.” (9ª Rec.).
10. Transcendência da Educação
A tarefa educativa ultrapassa as
forças do educador, Este deve fazer tudo o que está em seu poder para obter do
céu as graças que Deus nunca recusa aos que creem nele: “Seja sempre vosso
principal refúgio aos pés de Jesus Cristo.” (11º Leg.).
“Quanto deveis rogar a Deus vos
esclareça, dirija a ensine o que tendes a fazer... nessa mais nobre missão que
pode existir.” (Rec. Prólogo).
“Não vos desanimes se não
souberdes ou não puderdes fazer o que exigiria tão excepcional encargo. Ponha
em Deus vossa esperança; tende nele uma fé firme, que em todas as coisas ele
vos ajudará. Rogai, humilhai-vos, sob seu grande poder, pois, sem dúvida
alguma, tendo-vos confiado tal obra, também vos dará a força necessária para
realiza-la, contando que não falte vossa cooperação.” (Rec. Introd.).
Conclusão
Estes, os princípios pedagógicos
de Santa Ângela Mérici, aquela camponesa de origem modesta, caracterizada por
vida sóbria, vontade enérgica, espírito de audácia, dom de reconciliação,
abertura a Deus, doação aos irmãos. Ângela, que do amor fez a educação e da
educação seu lema prometeu estar sempre no meio de nós, ajudando nossas
orações. (Última Rec.)
Hoje, nos 5 Continentes, as
Ursulinas e os educadores que com elas assumem a Educação Cristã, continuam a
missão de Ângela, e estão atentos à sua voz: “Agora estou mais vida do que
quando estava nessa vida; vejo melhor e amo mais o bem que continuamente vos
vejo praticar e, agora, ainda mais quero e posso ajudar-vos e fazer-vos bem
todas as maneiras.” (Rec. Introd.).
“Tendes vivas a fé e a
esperança...” Regozijai-vos! (Últ. Rec.)
“Agi, mexei-vos...” (Rec. Introd.).
“Perseverai, fiel e alegremente,
na obra empreendida...” (11º Leg.).
Ir aos jovens com amor e
confiança é fazer deste amor um método de formação.
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