JUSTIFICATIVA
“Como
psicopedagoga institucional sistêmica devo ser parceira da professora, tenho
que entrar na classe, construir junto com ela, detectar os nichos das crianças
rejeitadas, das crianças atentas, das desatentas, das que faltam etc., você
constrói um perfil da classe”.
Maria Cecília Castro Gasparian.
No
decorrer das ações desenvolvidas pelo Projeto Psicopedagógico nas Escolas do
Campo, fica notória a necessidade de prosseguimento em uma maior aproximação
com os ambientes da comunidade escolar, vivenciar o social da turma para chegar
ao motivo real da dificuldade de aprendizagem. E, nesse sentido, Psicopedagogia
com uma visão sistêmica, tem potencial para ser um “Norte” no intuito de intensificar a ação preventiva do
psicopedagogo na instituição Escola, no sentido de olhar o aluno como
aprendentes em constante formação.
Segundo Freud, os pais são o objeto
facilitador na compreensão e na aprendizagem do mundo. E partindo desse
pressuposto a instituição família deve e pode ser um suporte para a escola no
desenvolvimento intelectual, social, emocional e pessoal do educando.
Visca (1991) por sua vez assegura que
a aprendizagem é concebida como uma construção intrapsíquica, que apresenta uma
continuidade genética e que é resultante de condições prévias energéticas e
estruturais do sujeito e de condições ambientais.
Acreditando nas afirmativas
supracitadas e na importância da parceria entre escola e família, esse será o
segundo desafio do psicopedagogo para o ano de 2012. Buscar maior aproximação
com as famílias de todas objetivando um
enfoque mais preventivo nas “dificuldades
de aprendizagens”, pois são corriqueiras as queixas, por parte das escolas,
quanto a pouca participação dos pais na vida escolar dos filhos e os pais por
outro lado não se sentem confortável em discutir sobre assuntos familiares.
O papel da Psicopedagogia no
planejamento escolar é refletir sobre as ações pedagógicas e suas
interferências no processo de aprendizagem do aluno, pois ela acredita que cada
um de nós aprende de uma forma diferente. Assim, o terceiro desafio do
psicopedagogo na Educação do Campo, é continuar na elaboração e aplicação de
projetos de intervenção Psicopedagógica, oportunizando diferentes modelos de
aprendizagem e de ensinagem despertando nos envolvidos o desejo de aprender e o desejo de ensinar.
Morin diz que ele vê a sala de aula
como um fenômeno complexo, que abriga uma diversidade de ânimos, culturas,
classes sociais e econômicas, e sentimentos variados. Observamos que cada aluno é um mundo em
desenvolvimento, cada um trás seu ponto de vista o qual está em
desenvolvimento, seu modo de ver as coisas vai sendo modificado a cada dia
através da interação social com outras pessoas.
Observamos as múltiplas
características que compõe o ser humano, o quarto desafio que Projeto
Psicopedagógico nas escolas do Campo propõe para o psicopedagogo será uma
prática embasada nas Múltiplas Aprendizagens na qual Gardner diz que: “as pessoas possuem capacidades diferentes,
das quais se valem para criar algo, resolver problemas e produzir bens sociais
e culturais, dentro de seu contexto”.
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