Nos tempos atuais, a imagem da mulher já
não é mais a mesma. Mulher agora é mãe, esposa, profissional e ainda precisa
estar atenta à saúde e ao bem-estar dela e da família. Em meio a tantas funções
que tem de exercer, se dividir para realizá-las com sucesso não é tarefa fácil.
Conciliar a vida profissional, com inúmeras cobranças, metas e desafios e ao
mesmo tempo enfrentar um mundo de fraldas e mamadeiras, exige muito jogo de
cintura. E administrar bem todos esses papéis é fundamental para que ela
consiga se sentir realizada. “A mulher já conquistou o seu espaço no mercado de
trabalho; o desafio é mantê-lo e conseguir conciliar todos os possíveis papéis.
Tarefa que não é só da mulher; a sociedade precisa aprender a dividir responsabilidades”,
afirma a Gestalt-Terapeuta e Mestre em Psicologia Clínica Dra. Thaís Ribari
Fujioka. Confira a entrevista completa com a profissional:
Atualmente a mulher desempenha vários papéis.
É mulher, mãe, esposa, profissional... Qual é a melhor maneira de conciliar
todas essas funções?
A mulher de hoje precisa aprender a ser uma
boa administradora do tempo e do lar, de maneira diferente da mulher de algumas
décadas atrás. É importante saber delegar, dividir e acompanhar tarefas e
funções que cabem a cada membro da família (marido e filhos) e funcionárias
(babás e/ou empregadas domésticas). Com os filhos, é importante ajudá-los a
aprender a ser autossuficientes, colocando-os para arrumar a própria bagunça de
brinquedos ou roupas, por exemplo, sempre acompanhando e ensinando de perto. Já
com os maridos é bom dividir as tarefas, como acompanhar os filhos na escola e
em casa, fazer as compras ou, pelo menos, realizar essas atividades em
conjunto. Cabe à mulher o papel de mãe, mas ela não é a única responsável pela
criação dos filhos. Se existe condição financeira que permite ter o apoio de
uma babá, empregada doméstica ou de um motorista, fica ainda mais fácil
administrar todos os papéis na vida da mulher moderna.
Em
relação aos filhos, como conciliar o tempo fora de casa com a atenção que eles
requerem?
É importante definir atividades e
momentos de convivência com os filhos. Por mais que o tempo possa não ser tão
extenso, é fundamental que seja vivido com o máximo de “presença” e amor. Além
disso, é fundamental que a mãe tenha paciência para estar com os filhos. O ato
de buscar as crianças na escola, brincar com elas, acompanhar tarefinhas,
sentar para assistir a um filme, enfim, a atenção pode ser dada de várias
maneiras. Cabe a cada mãe e pai estabelecer esses momentos da forma que melhor
se enquadrem na rotina da família.
Como
não deixar o papel de mãe influenciar na relação com o marido?
É necessário que a rotina seja
estabelecida e estruturada, na casa e na família, de maneira bem definida, cada
um realizando sua função. Dessa forma, é possível que a mulher tenha tempo e
disposição para cuidar dela mesma e da relação com o marido. O marido, por sua
vez, sente-se muito mais “vivo” no núcleo familiar, por fazer parte de
situações de cuidados e de educação dos filhos e da casa. É fato que a maioria
dos maridos de hoje ajuda mais suas esposas com os filhos e com a casa do que
os maridos de antigamente. E isso é fundamental para uma boa relação.
Quando
a mulher não consegue conciliar esses papéis, que tipo de consequências
psicológicas ela pode ter?
Eu percebo que a culpa, a
sensação de fracasso e baixa autoestima são os sentimentos que acompanham as
mulheres que não conseguem conciliar esses papéis.
Em
que momento a mulher deve procurar ajuda?
A mulher deve procurar ajuda
quando se sente muito culpada e não consegue deixar de ser escrava do lar, da
família, e se sente destruída emocional e fisicamente. E também quando o
excesso de obrigações chega a ponto de atrapalhar o relacionamento entre marido
e mulher.
A
família pode ajudar?
Hoje, uma das principais ajudas
que as mães têm são das avós, que em muitos casos ajudam na criação dos netos,
mas isso pode variar de família para família, uma vez que o papel das avós
também tem se modificado ao longo do tempo.
A
psicoterapia pode ajudar?
A psicoterapia pode contribuir
para que a mulher entenda e internalize que ela precisa carregar a
responsabilidade de certas atividades, mas não por tudo e por todos, ajudando-a
a ser menos “onipotente”. A sociedade mudou e os papéis de cada um dentro da
família precisam ser transformados. Ou seja, a mulher moderna não deve associar
os papéis da mulher de antigamente aos de hoje, pois antes as mulheres viviam
quase que exclusivamente para a família e para a casa, sem se preocuparem em
prover o lar e em estar bem física, emocional e socialmente. Hoje não é mais
assim. A felicidade e o bem-estar de cada um é obrigação de todos que compõem
uma família.
Dra.
Thais Ribari Fujioka
Gestalt-
terapeuta e Mestre em Psicologia Clínica
CRP
09/3846
Ótima matéria, bjos Angela, feliz dia das mães!!! Crys.
ResponderExcluirObrigada Cris!! Bjoo
ExcluirParabéns Ângela e todas as mães atuais e futuras.
ResponderExcluirGrade beijo!!!
Valeu profa!!
ExcluirMe sinto assim sobrecarregada ás vezes.
ResponderExcluirAtualmente é a realidade da maioria de nós mulheres Paty. Mas conseguiremos. (rsrsr) Abraço!!
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