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Cultivar
valores humanos com os educandos é algo não é tarefa com resultados imediatos é
algo que se constroem nas relações inter/intrapessoais dia-a-dia.
Trabalho de formiguinha do BEM!!
Vamos fazer essa corrente colegas!
Perseverança
Há capacidades que
ficam por desenvolver devido à falta de perseverança. Os verdadeiros sucessos
são feitos de esforços, de desilusões, de novas tentativas e, por vezes, de
muitos sacrifícios. Se as diversões forem colocadas em primeiro lugar, é
provável que os frutos a colher se tornem bastante amargos.
A pedra no caminho
Conta-se a lenda de
um rei que viveu há muitos anos num país para lá dos mares. Era muito sábio e
não poupava esforços para inculcar bons hábitos nos seus súbditos.
Frequentemente, fazia coisas que pareciam estranhas e inúteis; mas tudo se
destinava a ensinar o povo a ser trabalhador e prudente.
— Nada de bom pode
vir a uma nação — dizia ele — cujo povo reclama e espera que outros resolvam os
seus problemas. Deus concede os seus dons a quem trata dos problemas por conta
própria.
Uma noite, enquanto
todos dormiam, pôs uma enorme pedra na estrada que passava pelo palácio.
Depois, foi esconder-se atrás de uma cerca e esperou para ver o que acontecia.
Primeiro, veio um
fazendeiro com uma carroça carregada de sementes que ele levava para a moagem.
— Onde já se viu
tamanho descuido? — disse ele contrariado, enquanto desviava a sua parelha e
contornava a pedra. — Por que motivo, esses preguiçosos não mandam retirar a
pedra da estrada?
E continuou a
reclamar sobre a inutilidade dos outros, sem ao menos tocar, ele próprio, na
pedra.
Logo depois surgiu
a cantar um jovem soldado. A longa pluma do seu quépi ondulava na brisa, e uma
espada reluzente pendia-lhe à cintura. Ele pensava na extraordinária coragem
que revelaria na guerra.
O soldado não viu a
pedra, mas tropeçou nela e estatelou-se no chão poeirento. Ergueu-se, sacudiu a
poeira da roupa, pegou na espada e enfureceu-se com os preguiçosos que
insensatamente haviam deixado uma pedra enorme na estrada. Também ele se
afastou então, sem pensar uma única vez que ele próprio poderia retirar a
pedra.
Assim correu o dia.
Todos os que por ali passavam reclamavam e resmungavam por causa da pedra
colocada na estrada, mas ninguém lhe tocava.
Finalmente, ao cair
da noite, a filha do moleiro passou por lá. Era muito trabalhadora e estava
cansada, pois desde cedo andara ocupada no moinho. Mas disse consigo própria:
“Já está quase a escurecer e de noite, alguém pode tropeçar nesta pedra e
ferir-se gravemente. Vou tirá-la do caminho.”
E tentou arrastar
dali a pedra. Era muito pesada, mas a moça empurrou, e empurrou, e puxou, e
inclinou, até que conseguiu retirá-la do lugar. Para sua surpresa, encontrou
uma caixa debaixo da pedra.
Ergueu a caixa. Era
pesada, pois estava cheia de alguma coisa. Havia na tampa os seguintes dizeres:
“Esta caixa pertence a quem retirar a pedra.”
Ela abriu a caixa e
descobriu que estava cheia de ouro.
A filha do moleiro
foi para casa com o coração cheio de alegria. Quando o fazendeiro e o soldado e
todos os outros ouviram o que havia ocorrido, juntaram-se em torno do local
onde se encontrava a pedra. Revolveram com os pés o pó da estrada, na esperança
de encontrarem um pedaço de ouro.
— Meus amigos —
disse o rei — com frequência encontramos obstáculos e fardos no nosso caminho.
Podemos, se assim preferirmos, reclamar alto e bom som enquanto nos desviamos
deles, ou podemos retirá-los e descobrir o que eles significam. A decepção é
normalmente o preço da preguiça.
Então, o sábio rei
montou no seu cavalo e, dando delicadamente as boas-noites, retirou-se.
William J. Bennett
O Livro das Virtudes II
Editora Nova Fronteira, 1996
O Livro das Virtudes II
Editora Nova Fronteira, 1996
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