Diversas iniciativas mostram como
a ciência do sistema nervoso pode ajudar a aprimorar a educação. Confira como a
neurociência está invadindo as salas de aula:
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O relacionamento entre a educação e as pesquisas é uma realidade que tem
aprimorado cada vez mais o processo de aprendizagem e ensino
A neurociência é o
estudo do sistema nervoso. Ele contempla diversas áreas como a medicina, química, biologia, matemática, engenharia, linguística, entre
outras. Com tantas ciências envolvidas, é no mínimo um desafio pensar como as
pesquisas de laboratório podem estar presentes em sala
de aula. Porém, como os exemplos a seguir deixam claro, o
relacionamento entre a educação e as pesquisas é uma realidade que tem
aprimorado cada vez mais o processo de aprendizagem e ensino.
Confira nove exemplos de como a
neurociência está invadindo as salas de aula:
1. Ensino
cognitivo
Mesmo em estágio inicial, o ensino cognitivo já
mostra sinais de que é um dos resultados mais promissores da relação entre a
neurociência e a educação. O ensino cognitivo é extensamente pesquisado na Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, onde os
programas de álgebra desenvolvidos pelos pesquisadores já ajudaram os alunos a
aumentarem seus rendimentos em matemática.
2. Horário das
aulas
Pesquisas no ramo da neurociência revelaram que os
padrões de sono das pessoas mudam de forma significativa enquanto elas envelhecem. Além disso, os estudos mostram
que os adolescentes necessitam de mais descanso que outras faixas etárias e que
suas capacidades
cognitivas são muito menores no início da manhã. Esses
resultados já provocaram diversas mudanças, inclusive na alteração dos horários
de início das aulas para estudantes do ensino médio. Apenas 30 minutos de
diferença causam um enorme impacto no humor e atenção dos jovens.
2.Variedade
no aprendizado
Muitas pessoas acreditam que a repetição é melhor
maneira de aprender e reter conteúdos, mas pesquisas recentes mostram que os
estudantes aprendem mais quando suas aulas são espaçadas em horários
diferentes, ao invés de concentradas em um único episódio. Os resultados desses
estudos têm sido colocados na prática por professores que apresentam as
informações de maneiras diferenciadas, pedindo aos alunos que resolvam
problemas usando múltiplos métodos e não memorizando apenas uma maneira de
solucioná-los.
4. Aprendizado
personalizado
A anatomia de nossos cérebros pode ser similar, mas a maneira como
cada um aprende não é. Sabemos isso por experiência pessoal, mas a neurociência
começa a demonstrar cientificamente. Ferramentas de ensino são desenvolvidas para que adaptem
às necessidades individuais de cada um e professores procuram encorajar
maneiras personalizadas que os alunos podem usar para aprender melhor e com
mais eficiência.
5. A perda de
informações
Uma experiência vivida por muitos estudantes quando
voltam das férias é a sensação de que se esqueceram de tudo que foi aprendido
no semestre anterior. Pesquisas mostram que isso é realmente verdade. Os
resultados revelam que, além disso, pessoas que costumam manter o hábito de exercitar
seus cérebros continuamente, por exemplo, com livros mais
difíceis, possuem mais conexões e variedades de ligações neurais. Como
consequência, muitas escolas estão diminuindo o tempo de férias ou
desenvolvendo cronogramas de atividades anuais para que os alunos reduzam o
tempo que passam fora da escola e não prejudiquem sua memória e rendimento.
6. Problemas de
aprendizado
As pesquisas realizadas pela neurociência estão
facilitando o processo de identificação de alunos com problemas de aprendizado, como a dislexia, e
ajudando-os a identificar intervenções que podem melhorar seus desempenhos.
7. Diversão em sala de aula
É cada vez maior a evidência de que a diversão é
uma experiência muito positiva para o aprendizado. Isso acontece porque
experiências satisfatórias fazem com que o corpo libere dopamina,
ajudando o cérebro a se lembrar dos fatos com mais agilidade. Um ótimo exemplo
de como isso funciona é o Khan Academy, um portal de aprendizado online
que desafio os alunos a completarem desafios e tarefas para que ganhem
distintivos.
8. A importância do
estudo em grupos
Como já discutimos diversas vezes aqui no portal, o
estudo em grupos é extremamente eficiente para o desempenho acadêmico. Uma
pesquisa realizada em 2011 pela neurologista Judy Willis mostrou que estudantes
que trabalham em grupos experimentam um aumenta na liberação de dopamina,
ajudando os alunos a lembrar mais das informações em longo prazo. A
pesquisadora descobriu que, além disso, aprender em grupos pode reduzir a ansiedade
dos estudantes.
9. Neuroeducação
Se você nunca ouviu falar da neuroeducação, então é
hora de se atualizar. Atualmente, no Brasil, já possuímos até mesmo
pós-graduação nessa área. Por meio da prática é realmente possível mudar a
forma como nosso cérebro é estruturado, acrescentando mais conexões cerebrais e
mudar os padrões neurais por meio da neuroplasticidade permitida pelos nossos neurônios.
Fonte: Universia
Brasil
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